segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fiuk busca maturidade musical em trabalho solo

Entre as fiuketes e as fiuknotizadas, não se fala em outra coisa. Fiuk, 20, motivo de inspiração para mais de 50 fã-clubes, capa de 13 revistas em 2010, recordista de cartas da Globo, com 1,4 milhão de seguidoras no Twitter (esmagadora maioria de garotas entre 13 e 20 anos), está lançando o primeiro CD solo.

De quebra, participará da próxima novela das sete da Globo, "Aquele Beijo", de Miguel Falabella, fazendo o papel de pegador ou, como diz, "galã de padaria".


A trilha sonora também terá Fiuk. A mais suingada faixa do novo álbum, "Quero Toda Noite", com participação de Jorge Ben Jor, estreia em outubro na telinha.


Não é a primeira vez que a doce receita do showbiz que combina novela e trilha sonora esbarra em sua carreira.
 

Letícia Moreira/Folhapress

O cantor e ator Fiuk, em seu escritório em Alphaville, fala sobre o lançamento de seu primeiro CD solo


Quando integrava a banda de rock adolescente Hori, Fiuk emplacou a música de abertura do seriado "Malhação", do qual participava. A Hori estourou, fazendo até cinco shows por semana, a um cachê de R$ 40 mil

A banda se separou ("Houve conflito. Rolaram coisas, sim, entre nós, que desencadearam a separação", diz), e Fiuk agora retorna com a pretensão de fazer um trabalho mais maduro, com menos referências à tendência teen do "colorido" -surgida como contraponto à melancolia da tribo "emo".

"Sou Eu" é pop e é romântico. As letras, o canto, os arranjos, são tecnicamente ainda rudimentares, mas quem se importa?

Fiuk é um artista em formação e demonstra ter consciência disso. "Estou conseguindo fazer pelo menos o básico bem-feito. Para mim, é um divisor de águas, consegui me superar", diz.

Sobre a carreira dramática, ele afirma jamais ter feito um curso. "Foi tudo na raça. Quem me ajudou foi minha meia-irmã Cleo Pires, que me aconselhou a fazer esse trabalho com o coração."

Faculdade ele só fez um ano. "De publicidade, claro!" Hoje há capas de cadernos, agendas e uma grife de roupas com seu nome. Já lançou uma biografia precoce, com referências a "Toy Story" e "Power Rangers", por exemplo, que em uma semana vendeu 20 mil exemplares. Qualquer semelhança com a carreira do pai, Fábio Jr., não é coincidência. E isso enche Fiuk de orgulho. "É meu ídolo, sempre quis seguir um caminho parecido", afirma. E de fato, a relação entre os dois lembra algumas estrofes de um grande hit de Fábio Jr., "Pai". Até os 13 anos de Fiuk, seu pai foi ausente, mas hoje os dois vivem juntos na mesma casa, em um condomínio fechado em Alphaville, nas bordas de São Paulo. "Graças a Deus moramos juntos. E, depois que ele leu 'Mentes Inquietas' [best-seller sobre o transtorno de déficit de atenção], passou a me entender melhor", diz Fiuk. "Sou uma pessoa caseira. Tenho um 'home studio' e também um playground com meu "cockpit". O volante tem pressão, é real a matemática do jogo, um verdadeiro simulador de carro. Gravo uma, duas músicas, e depois vou ao 'cockpit'  diz. A entrevista termina com a indagação sobre quando pretende morar sozinho. "Meu Deus, vou atingir a maioridade", diz --lembrando dos 21 anos que faz em outubro--, após acender o sexto cigarro em pouco mais de uma hora de conversa.